domingo, junho 05, 2005

Terceiro dia

O terceiro dia tem a paisagem mais bonita de todas. Ou, pelo menos, nesse dia se está consciente o suficiente para admirá-la. Agora estamos a menos de 2000 m de altitude. Dá pra caminhar com desenvoltura. Ainda bem, pois a trilha segue margeando uns precipícios bem assustadores.


Ponte na saída do acampamento

Não há muito o que se falar deste dia. Veja as fotos.



Ainda amanhecendo.



Blusa de lã, calça cargo e chapéu: O visual Hi-lo faz sucesso nas montanhas



Apenas mais uma cachoeira...



Renzo estourou os joelhinhos no dia anterior e teve que subir no cavalo.



A trilha



Atravessando um rio sobre troncos

Por volta das 15h00 chegamos a um vilarejo. A criançada corria à nossa volta, pedindo bala. Se eu soubesse disso teria levado um saco p/ distribuir. Ali pegamos nosso transporte até o local onde passaríamos a noite: O vilarejo de Santa Tereza. Pode parecer estranho pegar um caminhão quando se faz uma trilha, mas nessa altura todo mundo estava destruído e não teríamos mais os cavalos. Todo o nosso equipamento estava por nossa conta.

Ali pagamos o aluguel do cavalo. O que deveria custar por volta de 90 Soles (3 dias a 32 Soles cada) ficou por 150 Soles. Apenas mais uma exploração de turistas. Reclame ao bispo. E ainda tivemos que dar, "voluntariamente", gorjeta ao dono do cavalo que nos acompanhou.



Tive que sair do Brasil pra poder andar de pau-de-arara

Agora sim a viagem estava ficando emocionante. Descer aquelas encostas a pé não era nada. Divertido era descer num pau-de-arara cheio de pessoas e caixas de granadilha (Uma fruta da região). A cada parada mais pessoas saltavam p/ dentro do caminhão.

No fim da tarde chegamos ao vilarejo de Santa Tereza. O guia pretendia nos levar a Hot Springs, um local com piscinas de águas naturalmente aquecidas. Apenas uma caminhada de 40 minutos. Mas apareceu um garoto oferecendo banho de chuveiro por 2 Soles e 5 minutos de caminhada. Deixamos Hot Springs para a próxima viagem e fomos para o hotel. Apenas para o banho, porque ainda passaríamos mais uma noite nas barracas. No hotel conhecemos ainda 2 irlandeses totalmente perdidos e com um espanhol ainda pior que o meu. Com isso nosso grupo cresceu na volta às noites cusquenhas.



Uma moradora de Santa Tereza

Nessa noite acampamos num campo de futebol, bem ao lado do bar de uns amigos do nosso guia. Foi a noite mais divertida da trilha. Jantamos lá e conhecemos umas pessoas da cidade. Até aprendi algumas palavras em quéchua. Os locais me ensinavam umas frases e eu repetia para a dona do bar, sem ter a menor noção do que estava falando. Apenas repetia o som. Pela maneira como ela me tratou no dia seguinte, acredito que só me ensinaram coisas boas. Pena que não lembro de nada.



O bar da Señorita Fátima (Ela está ao fundo, à direita)

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