domingo, junho 05, 2005

Segundo dia

Acordamos às 6h00. Recebemos um "té (chá) despertador", de coca. Não fez o menor efeito. Continuei com sono.

Por volta das 8h00 iniciamos aquela que seria a parte mais difícil de toda a trilha. Deveríamos subir cerca de 1000m em uma manhã. Foi bem puxado. Já no início eu comecei a passar mal. Não tinha dor de cabeça, mas o estômago estava muito mal. Subi uma parte a cavalo, revezando com a Lígia. Só que nem o cavalo agüentava subir tudo. Tínhamos que subir algumas partes a pé enquanto ele descansava. Não tenho fotos dessa parte porque não consegui nem carregar a câmera.

Por volta das 11h30 cheguei ao ponto máximo: 4635 m (Segundo nosso guia). Cheguei atrasado e quase vomitando as tripas. Encontrei o pessoal do meu grupo, todos já descansados e prontos p/ sair. Eu parecia um zumbi. Ainda bem que tirei algumas fotos ali, senão nem me lembraria.



4635 masl: 100m atrás de nós, o Salkantay

Cinco minutos depois de chegar e já estávamos de partida. Dali até o fim do dia seria apenas descida. Com 1h de caminhada paramos para almoçar. Praticamente nem comi, mas tirei um cochilo de quase 1h que recuperou meu estômago.



Renzo fazendo pose na descida

Logo reiniciamos a descida. Eu pensava que descer seria fácil. Que inocente! 4 horas montanha abaixo no meio daquelas pedras destroem qualquer joelho. A cada pisada parecia que eu levava uma martelada nas rótulas- Ou patelas, se você preferir.



Descidinha destruidora de joelhos

Por volta das 4 da tarde já estávamos caminhando no meio da floresta tropical. Ainda era uma descida dura, mas já não fazia frio.



Fernando na selva

Por volta das 18h00 chegamos ao acampamento. Era um pequeníssimo povoado, bem no caminho da trilha. Todos os grupos se juntaram para acampar ali. Algumas famílias mantinham uns botequinhos ali, no meio do mato. Por incrível que pareça a cerveja ali custava a metade do preço da cidade.

Ali fiquei sabendo que os brasileiros que encontramos no primeiro dia não agüentaram o tranco da subida de manhã e voltaram para Cusco. Franguinhas! Até eu totalmente sedentário consegui subir aquele morrinho de nada!



Acampamento do segundo dia

Tinha até um "banheiro" feito de troncos e pedaços de lona. Uma maravilha! Não tinha porta nem teto. Você podia entrar lá e ficar olhando as estrelas enquanto fazia o serviço. E tinha que levar a lanterna pra sinalizar que o local estava sendo utilizado sempre que alguém se aproximasse.



Toilette

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