domingo, junho 05, 2005

Quarto dia

Neste dia pudemos dormir até mais tarde. Ainda bem. Depois de ficar até de madrugada no bar eu precisava de umas boas horas de sono. E de bastante água.

Por volta das 9h00 saímos de Santa Tereza e passamos pela cidade antiga. O vilarejo onde passamos a noite ainda está em construção, no alto de uma montanha. A cidade original ficava bem abaixo, às margens do rio Urubamba e foi destruída numa inundação há uns 3 anos atrás. Na foto abaixo podem-se ver as ruínas.



As ruínas da velha Santa Tereza

Para cruzar o Urubamba, mais diversão: A travessia é feita por cabo, numa espécie de tirolesa com banco.



Atravessando o rio

Depois de atravessar o rio caminhamos por mais uns 40 minutos até o ponto onde pegaríamos outro transporte. E logo chegou mais um pau-de-arara.


Ah, o conforto e a tranqüilidade de se viajar durante as férias...

Mais 15 minutos no lombo do caminhão e... Não, não chegamos a lugar nenhum. Ele quebrou! O caminhão quebrou e nos deixou na mão, no meio da estrada. Deu dó do nosso cozinheiro, que carregou todo o equipamento de cozinha (panelas, fogão, botijão, etc) nas costas. Pensando bem não deu dó não! O cara ainda chegou antes de mim. Eu quase morri prá levar 2 mochilas e, quando cheguei ao final, o almoço já estava pronto.


Pelo menos pudemos apreciar um pouco mais a paisagem. Passamos por uma montanha de pedra onde um rio subterrâneo saí por debaixo da estrada. Simplesmente incrível! Está nas próxima foto:


A água passa por dentro da montanha e saí debaixo das pedras. O barulho é impressionante.

Por volta das 12h00 passamos pela estação hidroelétrica e alguns minutos depois chegamos ao nosso destino: A estação de trem, onde almoçamos e aguardamos o trem para Águas Calientes.


Trem para Águas Calientes

A viagem de trem durou pouco mais de 1 hora. Foi bem interessante. Passamos pelo vale bem abaixo das ruínas de Machu Picchu e já pudemos ver algumas pedras.


Campanha do governo peruano

No fim do dia chegamos a Águas Calientes. Como o nome indica, lá também há piscinas térmicas, só que não são gratuitas como em Santa Tereza. Fomos para o hotel, o pior de toda a viagem. Primeiro não havia água, depois só havia água fria (E a temperatura da cidade não é das mais quentes). Quando se abria a torneira do chuveiro a água saia pela pia. Quando finalmente conseguimos fazer o chuveiro funcionar, ele inundou o banheiro e o quarto também. Tínhamos que andar de botas. Na hora de dormir, descobrimos que as camas estavam cheias de cabelos. Claro, ninguém fica mais que uma noite nesses hotéis. Todo mundo está ali apenas para passar a noite e ir a Machu Pìcchu no dia seguinte. Até parece que eles iriam trocar a roupa de cama todos os dias. Mas a Marisol garantiu que não vai mais colocar ninguém naquele hotel.

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